Conectados e ansiosos: como o uso excessivo de smartphones está afetando a saúde mental dos jovens

Conectados e ansiosos: como o uso excessivo de smartphones está afetando a saúde mental dos jovens

Estudos apontam que o tempo excessivo no celular contribui para o aumento da ansiedade, da insônia e da desconexão emocional em adultos jovens.



A sensação é de que nunca estamos realmente desligados.
O celular vibra. A notificação pisca. O feed se atualiza. A cabeça, mesmo sem querer, permanece alerta.

O que poderia ser apenas uma ferramenta de comunicação se transformou, para muitos jovens, em um gatilho invisível para o estresse e a ansiedade.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso excessivo de smartphones está associado ao crescimento de sintomas como insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração e aumento dos níveis de ansiedade — especialmente entre pessoas de 18 a 35 anos.


E a pergunta que fica é: estamos realmente no controle, ou fomos engolidos pela necessidade de estarmos sempre conectados?


Quando o excesso de tela se transforma em cansaço emocional


O fenômeno conhecido como FOMO (“Fear of Missing Out” — medo de estar perdendo algo) é um dos principais impulsionadores desse ciclo.

A cada scroll infinito no celular, a mente interpreta que precisa “estar a par”, “não ficar para trás”, “não perder nenhuma oportunidade”.

Essa sensação gera um estado de vigilância contínua, em que relaxar se torna difícil e o descanso genuíno, quase impossível.


Entre os impactos mais comuns do uso descontrolado de smartphones, estudos indicam:

  • Aumento de ansiedade social e comparação negativa
  • Padrões de sono fragmentados ou insônia
  • Dificuldade de manter foco em tarefas simples
  • Sensação crônica de esgotamento mental
  • Redução da capacidade de viver o presente com plenitude


Uma pesquisa publicada no Journal of Behavioral Addictions alerta que o uso excessivo de dispositivos móveis pode alterar áreas do cérebro ligadas ao controle emocional, aumentando a vulnerabilidade a transtornos de ansiedade e depressão.


Por que a mente não consegue “desligar”?


Do ponto de vista da neurociência, o excesso de estímulo digital mantém a amígdala cerebral hiperativa — como se a mente estivesse em constante estado de emergência.

Já na perspectiva da psicanálise e da psicologia analítica, essa hiperconexão pode ser vista como um reflexo de vazios emocionais mais profundos:
a tentativa de preencher ausências internas através da distração externa.

Quando não conseguimos nos conectar de verdade com nossas emoções, buscamos nas telas uma fuga rápida — ainda que temporária.

O problema é que essa fuga, no longo prazo, cria ainda mais desconexão: de nós mesmos, dos outros e da nossa própria história emocional.


Abordagens terapêuticas eficazes


Se você sente que está sempre acelerado, cansado ou ansioso, talvez o problema não seja só o excesso de informação — mas a falta de espaço para se escutar.


A Psicanálise e a Psicologia Analítica oferecem caminhos para:

  • Reconstruir a capacidade de presença e introspecção
  • Elaborar ansiedades que se escondem sob a hiperatividade digital
  • Resgatar o sentido de conexão consigo mesmo e com o mundo real

“Se o seu corpo não descansa, talvez seja um sinal de que há emoções guardadas precisando de atenção. Um espaço de escuta segura pode ser o começo de uma transformação.”



Talvez seja a hora de reconectar… com você


A psicoterapia online pode ser o primeiro passo para desacelerar o ritmo interno, reorganizar o mundo emocional e aprender a habitar o presente de forma mais leve e consciente.

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