Ansiedade em alta entre jovens adultos: o que está por trás do transtorno que mais cresce no Brasil

Número de casos de Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) aumenta entre pessoas de 20 a 35 anos. Especialistas apontam causas emocionais profundas e pressão social excessiva.


 

Nos últimos anos, cresceu o número de pessoas jovens que, mesmo em plena saúde física e cercadas de oportunidades, sentem o mundo desmoronar por dentro.

De acordo com um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é um dos países com maior prevalência de transtornos de ansiedade no mundo, com destaque preocupante entre os adultos jovens.
Entre os transtornos mais diagnosticados está o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) — uma sensação contínua de que algo está errado, mesmo quando tudo está aparentemente bem.

Mas afinal, o que está por trás desse aumento?
Por que tantos jovens vivem com o coração acelerado e a mente cansada, como se a vida nunca desse trégua?

 

TAG: quando a ansiedade vira companhia constante

 

O TAG é caracterizado por uma preocupação excessiva e incontrolável com diversas áreas da vida: saúde, trabalho, finanças, relacionamentos.
Mas o que diferencia essa ansiedade da “preocupação comum” é a intensidade e a frequência: o corpo vive em estado de alerta constante, como se algo ruim estivesse sempre prestes a acontecer.

 

Entre os sintomas mais relatados estão:

  • Tensão muscular e dores pelo corpo
  • Pensamentos acelerados e catastróficos
  • Insônia ou sono leve
  • Irritabilidade, fadiga, dificuldade de concentração
  • Sensação de “estar no limite”, mesmo sem motivo claro

 

Um estudo publicado pela Harvard Medical School mostra que, entre jovens adultos, a ansiedade tem se tornado mais difusa, muitas vezes se disfarçando de produtividade, autocobrança ou desejo de controle.

 

O que está por trás do sintoma?

 

A neurociência explica que a amígdala cerebral — parte do cérebro responsável por detectar ameaças — torna-se hiperativa em pessoas com TAG.
É como se o sistema nervoso estivesse constantemente tentando se proteger… mesmo quando não há perigo real.

Mas o que alimenta esse estado de alerta?

A psicanálise e a psicologia analítica trazem uma resposta complementar: muitas vezes, o que sustenta o transtorno não é só o estresse atual, mas conflitos emocionais antigos que nunca puderam ser elaborados.

Experiências como:

  • Insegurança afetiva na infância
  • Medo inconsciente de fracassar ou decepcionar
  • Necessidade extrema de aprovação
  • Falta de espaço para sentir, errar e descansar

… tudo isso pode se cristalizar no corpo como ansiedade crônica.

 

O preço de viver sempre no futuro

 

Pessoas com TAG costumam viver “um segundo à frente”: tentando prever, antecipar, controlar.
Mas esse movimento constante também esgota — porque nunca há descanso quando a mente acredita que tudo depende de você dar conta de tudo, o tempo todo.

E se a ansiedade, nesse caso, for uma forma de proteger uma parte mais sensível de você?
E se for o jeito que seu corpo encontrou para dizer: “Eu não aguento mais viver sob pressão”?

 

Abordagens terapêuticas eficazes

 

Para quem convive com esse tipo de ansiedade, não basta “pensar positivo” ou tentar se distrair.
É preciso compreender a raiz emocional do sintoma.

Através da Psicanálise ou da Psicologia Analítica, é possível acessar camadas mais profundas da psique, identificar padrões inconscientes, elaborar medos que foram reprimidos… e, assim, abrir caminho para uma forma de viver mais leve e verdadeira.

“Se o seu corpo não descansa, talvez seja um sinal de que há emoções guardadas precisando de atenção. Um espaço de escuta segura pode ser o começo de uma transformação.”

 

Um convite gentil para quem vive sempre em alerta

 

Se você se identificou com esses sinais, talvez seja o momento de parar de se cobrar e começar a se escutar.

A psicoterapia online pode ser o espaço onde você encontra acolhimento, compreensão e um novo olhar para sua ansiedade — não como um inimigo, mas como uma mensagem que merece ser decifrada com cuidado.

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